Abaixo, correspondência enviada ao Ministério Público, pelo Prof. Paulo Kramer, da Universidade de Brasília (UnB), que está sendo perseguido por alunos daquela instituição educacional, acusado de ter cometido "crime de racismo" (F.M.).
"Abordagem deselegante e inoportuna
Senhor Procurador,
Foi com pesar e indignação que tomei conhecimento, por intermédio de amigos que trabalham no Judiciário e no Ministério Público, que meu ex-aluno Gustavo Amora tem-se movimentado intensamente, na UnB e nos bastidores dos três poderes, sobraçando seu gravador e submetendo ao maior número possível de autoridades trechos truncados de aula minha que ele e um grupo de colegas gravaram sem meu conhecimento e autorização, de modo a manufaturar um clima emocional que transforme em favas contadas a minha condenação em processo disciplinar.
Espero sinceramente que isso não seja verdade, mas passei a recear o contrário, confrontados que minha família e eu fomos, desde a sexta-feira passada (11 do corrente),com as abordagens deselegantes e inoportunas de indivíduos que se apresentam como funcionários da "comissão disciplinar da UnB".
Ao final da manhã daquele dia, estando eu ausente de casa, minha mulher atendeu telefonema de alguém que se apresentou como Célia e insistiu em falar comigo. Informada de minha ausência , a referida senhora quis saber onde poderia me encontrar a fim de entregar "um documento" daquela comissão. Acrescentou que tratava-se de assunto da "maior urgência", usando de tom intimidatório para dizer que iria ao meu encontro "em qualquer lugar" para efetuar sua entrega. Para colocar um ponto final naquele verdadeiro assédio telefônico, minha mulher atalhou que, tendo eu domicílio fixo e conhecido, bastaria que a documentação fosse para lá encaminhada.
Nesta segunda-feira, a abordagem tornou-se ainda mais audaciosa. Chegara eu ao meu local de trabalho, no Instituto de Ciência Política, antes das 8h da manhã, para participar de cinco bancas examinadoras de monografias de conclusão do curso de graduação, três das quais apresentadas por orientandos meus.
Por volta das 10h, indivíduo que se anunciou como "Marcos, da comissão disciplinar", entrou na sala de reuniões do instituto, local das bancas, para me entregar uma notificação, ao que me recusei, tentando fazer ver ao cavalheiro o constrangimento que sua visita inoportuna impunha não apenas a mim, mas também aos meus colegas, aos alunos e funcionários administrativos do Ipol. Para abreviar aquele encontro desagradável, esclareci que, por orientação de meu advogado, preferiria receber o documento em minha casa, via A.R., até mesmo em razão do respeito que aquela formalidade exigia.
Menos de uma hora depois, para espanto meu e, repito, dos meus colegas de banca, também dos alunos e funcionários administrativos presentes, o mesmo cavalheiro, agora acompanhado de senhora que se apresentou como "Célia", retornou à sala de reuniões, ambos insistindo para que eu ficasse com a notificação. Indignado com aquele abuso, exigi que me informassem nome completo e número de documentação de identidade, com o intuito de, mais tarde, examinar com meu advogado a possibilidade de processá-los por danos morais. (A propósito, os dois funcionários chamam-se Célia Maria Matos de Oliveira e Marcos Araújo.)
Agastada com minha recusa, dona Célia declarou que lavraria ocorrência, em apoio à qual pediu a assinatura dos meus dois colegas de banca. Ambos se recusaram a assinar qualquer coisa, e um deles ressaltou a perturbação que aquela interferência estava causando aos nossos trabalhos. Somente então foi que a dupla de funcionários se retirou, deixando um rastro pesado de estupor e indignação entre os presentes àquela lamentável cena de inabilidade, desrespeito e arbitrariedade.
Senhor Procurador, lamento trazer tais fatos ao conhecimento de Vossa Senhoria, mas não vejo alternativa além de apelar para o seu equilíbrio, a sua maturidade e o seu reconhecido senso de justiça, na esperança de que meu processo não se transforme em um circo e muito menos em pretexto para que manipuladores inescrupulosos saciem sua sede de notoriedade fácil à custa da imagem pública da Universidade de Brasília.
Respeitosa e cordialmente,
Paulo Kramer (matrícula UnB 127.965)"
***
De: Félix Maier [mailto:ttacitus@hotmail.com]
Enviada em: terça-feira, 15 de agosto de 2006 10:37
Para: kramer.paulo@uol.com.br
Assunto: Prof. Paulo Kramer volta a ser atacado
Caro Prof. Kramer,
Lamento profundamente esse mais recente episódio, esperando que tudo passe o
mais rápido possível. Infelizmente, essa praga da onda "politicamente
correta" se espalha cada vez com mais letalidade em nossa sociedade.
Publiquei sua carta ao Procurador em Usina de Letras, Usina das Palavras e
no Reservaer, com o seguinte intróito:
"Abaixo, correspondência enviada ao Ministério Público, pelo Prof. Paulo
Kramer, da Universidade de Brasília (UnB), que está sendo perseguido por
alunos daquela instituição educacional, acusado de ter cometido "crime de
racismo" (Félix Maier)."
Também estou repassando esse e-mail para meus contatos favoritos.
Fé em Deus, que tudo será resolvido do melhor modo possível.
Abraços do amigo,
Félix
***
De: José Osvaldo de Meira Penna
Enviado: terça-feira, 15 de agosto de 2006 19:35:56
Para: Félix Maier ,
Cc:
Assunto: RES: Prof. Paulo Kramer volta a ser atacado
O professor Paulo Kramer não pode ser acusado de racismo pois está sendo
vítima de anti-semitismo: toda essa celeuma em volta dele é provocada por
sírios-libaneses anti-judeus e professores semi-comunistas da UnB.
Se precisar de meu testemunho na Universidade, da qual fui professor, estou
à disposição.