Após profunda meditação
sobre o referendo ao aborto
cito o verso que ainda é inexorável::
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"
Ocorre-me citar ainda:.
"Mãe, há só uma".
Na actual decorrência,
no primeiro sexto de 2007,
considero que há duas
e aquela que jamais conheceremos
quiçá seja a melhor.
Duas Mães com M
Duas mães, ambas com (M) eme,
todos temos nesta vida,
uma breve, outra perene,
à entrada e à saída.
Mãe, proclamando à vida,
há só uma, disse alguém,
mas hoje, diminuída,
há apenas meia-mãe.
Ó meu país de aquém
como tudo está a mudar,
para se ir mais além
e afinal ter de voltar.
Os que presumem azar
não reconhecem a sorte
nem sabem avaliar
a mãe que temos na morte..