REFLETINDO: MORAL E ÉTICA!
Quando procuramos o “absoluto”, queremos encontrar a perfeição. Todavia o absolutismo cria expectativas e nos leva às grandes frustrações.
Nós seres humanos somos resultantes de erros e acertos, sendo assim os indivíduos totalmente perfeccionistas se afastam da felicidade e não encontram o caminho do equilíbrio.
Várias tentativas e estudos foram feitos sem obtenção de sucesso. Na década de trinta do século passado, alguns homens bem intencionados tentaram encontrar um caminho sem desvio das virtudes.
As religiões mais austeras, grupos, associações e outras irmandades foram criadas sem que encontrassem o caminho ideal.
Entre elas foi criado o Grupo Oxford, nos Estados Unidos, chegando mais tarde ao Brasil (com algumas modificações) como uma instituição de “Rearmamento Moral” (anos sessenta).
Essas instituições ainda hoje existem e possuem alguns seguidores que procuram, através de um programa de fé e determinação, eliminar os defeitos de caráter de seus adeptos.
Propõem elas: Fé absoluta, amor absoluto, honestidade absoluta, verdade absoluta, entre outros absolutos.
Os desvios de conduta devem ser abolidos no início do programa. Não são admitidos quaisquer tipos de vícios, a conduta moral deve ser ilibada e os seus seguidores devem prometer respeitar a ética e a moral.
Esses princípios nos parecem ser perfeitos, entretanto na prática eles não funcionam com bons resultados. Basta um seguidor não cumprir com uma só determinação para provocar em todo o grupo, um desequilibro nas emoções.
Essa perfeição procurada e não encontrada, provoca insatisfação e frustração, podendo causar problemas psicológicos, e pior, psiquiátricos.
Não nos parece que um programa de vida possa dar bons resultados utilizando-se o absolutismo, o radicalismo ou o fanatismo.
Os vários exemplos de povos que viveram essas realidades são nefastos, quer na política, religião ou em práticas filosofais.
O exagero transforma-se em fanatismo e esse radicaliza pensamentos e ações. Acreditamos que estamos nos desviando dos processos morais e éticos; por isso somos adeptos da educação e cultura como fontes inesgotáveis para o bom relacionamento humano. É necessário repensar nossos conhecimentos de amor e fé. Precisamos encontrar meios equilibrados de ensinar os mais jovens as relações humanas.
A desagregação das famílias, a péssima distribuição de renda, a falta de bons serviços públicos (educação, saúde, transporte, segurança, moradia, saneamento básico, etc.) são os principais causadores do caos social, que hoje presenciamos nos grandes centros populacionais e que crescem geometricamente nos países emergentes.
O mais difícil, entretanto, é descobrir como desenvolver um programa de vida que qualifique nossos filhos e netos a seguir caminhos honestos com condutas comportamentais de moral e ética.
Infelizmente, eles vivem uma realidade de desonestidade e impunidade que premiam os antiéticos e os imorais.
É necessário que especialistas e leigos, clérigos e governo, Ongs e associações, enfim a sociedade em geral, estudem meios para modificar o comportamento humano, trazendo de volta a conduta moral tão necessária aos seres humanos.