Estamos no último país a abolir a escravidão, mas ainda perguntamos se alguma coisa mudou? Se o negro agora deixou de ser visto como objeto. Se as pessoas têm consciência que a escravidão realmente acabou.
O Brasil às vezes parece que não deixou de ser colônia dos países de primeiro mundo imagine se a escravidão ficaria sem deixar suas marcas entranhadas na cultura dos brasileiros. Ainda temos um país de negros em maioria herdando baixos índices sociais. Discutimos cotas raciais com o objetivo de diminuir o atraso social a esta parcela significante da população que durantes séculos foi escravizada, agora a discussão do presente mais justo ainda não fazemos tamanho debate, afinal não existe preconceito!
Jacob Gorender recorre aos navios negreiros e seus mercadores de escravos para dar base ao lucro do comércio escravista no Brasil, hoje com a abolição dos escravos, a situação não está muito diferente, a cultura do negro ser um objeto, algo hora dispensável continua na mídia, qual a cada dez artistas presentes na televisão brasileira apenas uma é negro, mas a falta de espaço encontra-se em todos os espaços, tanto dentro das universidades, quanto nos cargos de chefia.
O preconceito na sociedade caracteriza-se no momento em que o negro com dinheiro é igual a negro jogador de futebol ou artista, isso quando esta visão do negro com dinheiro no bolso ainda é amistosa, para não dizer na visão: negro e dinheiro / negro no crime organizado.
E ainda muitos de nós tentando partir para o discurso de cotas, sendo que o racismo está não apenas nos bancos universitários, enfim, entranhado em todo brasileiro. Onde você guarda seu preconceito racial? Se você pensou onde guarda é porque existe, só não se assume afinal não temos! Não é?
Leonardo Koury Martins é graduando de Serviço Social pelo Centro Universitário UNA, Assesssor de Políticas de Juventude da Coordenadoria Municipal da Juventude de Belo Horizonte e Secretário Geral do PTbh Pampulha