“Tu comerás o teu pão do suor do teu rosto”. Foi esta a sentença proferida pelo Criador, quando expulsou o Homem do Paraíso das Delícias, por ter degustado o pomo proibido da Árvore da Ciência e que o levou a adquirir a Razão, a auto-consciência e a Alma (um processo psicogenético que demorou milhões de anos terrestres), começando aí todos os seus trabalhos.
Com a Razão e a Consciência adquirida, o Homem sentiu-se nu e novas exigências surgiram que o obrigaram ao cumprimento da sentença com o Trabalho que afasta o ócio e o vício, dignifica, redime e traz a felicidade do dever cumprido por ser cumprimento duma sentença divina.
Mas o pólo negativo indestrutível, simbolizado pelo demónio, por necessário ao processo evolutivo e à prova da vida que forma a alma, tudo fez para que o Homem fugisse ao cumprimento de tal sentença que prejudicava seus intentos. Então, pelo estímulo aliciante do progresso e bem-estar, leva-o a procurar novas energias que lhe facilitassem a vida e lhe proporcionassem menos trabalho físico, libertando-o do cumprimento da sentença.
E assim, com a ajuda do Maligno, descobre o Homem as benesses do petróleo, o óleo negro do demónio, que vem lá das profundezas da terra ou dos abismos do Inferno, facilitar-lhe a vida mas também poluir o ar os mares, os rios, todo o ambiente, provocar doenças e acidentes que matam nas estradas milhares de seres humanos e originar sangrentos conflitos que, para além de provocarem milhões de mortes, estão a pôr em perigo o próprio planeta azul da vida, tornando-o inabitável, sem vida, como os demais do sistema solar.
É o castigo que acaba sempre por surgir, quando a racionalidade, ainda incipiente, foge a uma sentença divina inevitável mas contornável com a observância dos Ensinamentos que foram ministrados. Assim, procedendo autonomamente, como ser responsável, imputável e punível, o Homem terá que arcar com as consequências dos seus actos que correm o risco de ser fatais, pois Deus não poderá intervir mais no organismo vivo que criou.
Será a vitória do demónio sobre a Razão e a Consciência ou até sobre o próprio Criador?