Hoje pude participar de uma reunião temática onde o assunto colocado em pauta foi a gratidão.
Lá estavam presentes homens e mulheres da sociedade comum, mas esclarecida, tentando encontrar caminhos que pudessem nos levar a meditar sobre uma virtude esquecida e tão necessária aos dias atuais; a gratidão.
“Gratidão é o reconhecimento a um benefício material ou espiritual pelo qual fomos agraciados” (assim diz o dicionário).
Entretanto essa virtude de “sentimentos” fica cada vez mais desprezada com o passar dos tempos.
Podemos estar entre precisar e querer ser grato, ou ainda, esperar que alguém nos seja grato por algum beneficio que lhe proporcionamos.
Na primeira hipótese, verificamos as palavras “precisar e querer” (parágrafo anterior). Precisar nos conduz a uma obrigação, e dessa forma, não é verdadeiro o sentimento de gratidão. Querer, nos leva ao sentimento de desejo, e esse é o verdadeiro reconhecimento do amor.
Na segunda hipótese, nós somos desejosos que alguém valorize e até retribua de alguma forma os benefícios (favores) que fizemos. Esse sentimento é próprio dos orgulhosos e vaidosos.
Certa vez, me senti amargurado e até revoltado por não estar sendo entendido com clareza um trabalho filantrópico (onde eu também participava) que determinado grupo estava prestando.
Eu pensava: Quantas vezes eu saio de casa com chuva ou com sol, durante o dia e até durante a noite deixando a minha família para prestar esse serviço filantrópico comunitário, e as pessoas beneficiadas pouco dão valor ao meu esforço e aos demais voluntários.
Essas atitudes me deixavam muito aborrecido.
Mas partilhando tal pensamento, encontrei em um dos colaboradores a seguinte sugestão: - Se você está desencantado com o serviço que estamos prestando, e se isso está lhe fazendo mal, abandone-o! Mas se você conseguir superar essa amargura e entender que “os maiores beneficiados com esse trabalho somos nós mesmos” você estará entendendo que “o amor é serviço” e só ama realmente, quem serve!
Lembrei-me agora de uma máxima cristã que diz: “Faça o bem sem ver a quem”!
É pura realidade. Desde aquele aconselhamento espiritual, sábio e humilde, eu pude entender que eu não devo e não posso mudar o meu “semelhante”, mas posso e quero através de exemplos, fazer com que “ele descubra” (dentro dele), que os valores que recebe, quer espirituais, morais, psicológicos ou materiais é dele, sendo assim, única e exclusivamente de sua responsabilidade e seu entendimento.
Essa palestra sobre gratidão, aberta a participação ativa dos convidados, fez-nos refletir através de diversos aspectos de pensamentos, quais os caminhos que podemos optar para reforçar as nossas virtudes, muitas vezes esquecidas pelas atribulações diárias em nossas vidas. Ela foi realmente benéfica para a minha saúde psíquica e espiritual.
Concluindo minha reflexão e entendimento:
1- Eu quero, devo e posso ser grato, mas jamais poderei interferir no entendimento de gratidão de qualquer outra pessoa.
2- A gratidão pode não ser expressa por palavras ou atos, mas pode ser intima e de coração.
3- Eu jamais poderei avaliar a gratidão de outra pessoa, muito menos pelo seu comportamento.
4- O silêncio pode ser uma forma de agradecimento.
5- O amor deve superar qualquer atitude de gratidão.
6- Eu exerço gratidão à medida que tenho os entendimentos acima.
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* Pensando e agindo dessa forma, eu tenho a oportunidade de me sentir mais feliz!