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Teses_Monologos-->A sucessão das primaveras - ausência do amor -- 31/03/2010 - 17:34 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sucederam-se as primaveras, tempestades de verão. Um ou outro estio duro. Ventos frios. Todas as estações.
Então, talvez recomeçassem.
De onde partiriam? Onde estaria o mágico fio da meada, a noite morna, a esperança de horas perfeitas, a suspeita de uma felicidade possível? O desejado abismo?
Hoje há imensas calmarias, uma desconfiança de gavetas abarrotadas de coisas pequenas. Um horizonte claro. A certeza da aurora apontada, ao leste, pela bruxa dos ventos. Todos os girassóis brotaram. Há rebentos verdes na figueira. Festas marcadas.
As más lembranças espreitam.
Talvez recomeçassem.
Seria tão doce o galope que valesse esse perigo? Certamente há um grande risco de vazio. Não se sabe se umidades viriam. Se o tempo muda, não se sabe. Talvez não haja mergulho em lembranças, nem correção de rumos nesse sonho. Só buscar chamas na velha fogueira. Teimosia.
Possibilidades sempre existem.
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