Cada qual direciona seus pensamentos àqueles prazeres que melhor lhe satisfaz, embora a maioria de nós, ao longo de boa parte da vida, somos levados, talvez por instinto, aos devaneios eróticos. Até porque tais pensamentos nos provocam reações reações físicas, como a excitação sexual por exemplo, e mesmo sem a prática do ato sexual em si, essa excitação acaba sendo uma fonte inesgotável de de prazer. Este não é o mesmo prazer do qual resultaria a prática de tal ato evidentemente, embora muitos dos frutos de nossos devaneios são irrealizáveis na prática, pois quase sempre o elemento fantástico é o que leva tais devaneios ao deleite, contudo não deixa de atingir o mesmo fim, que é a satisfação dos instintos. Aliás, esta satisfação está intimamente ligada à imaginação, pois quanto maior for a capacidade do individuo de imaginação e de criar situações, maior será o seu deleite. De forma que imaginação e prazer são como dois amantes: é preciso um para que o outro seja plenamente satisfeito.