O homem que fracassa como ser humano, fracassa não porque as oportunidades não lhe foram favoráveis, fracassa porque não foi capaz de domar seus impulsos, aqueles impulsos que mais o influenciaram na hora de fazer suas escolhas e que certamente tiveram um papel preponderante nas escolhas erradas. De forma que o homem que fracassa perante a vida, fracassou antes de tudo consigo mesmo, como ser humano. Ele já nasceu fraco, impotente, confuso, medroso e fadado a fracasso. E quanto a isso não há muito o que fazer. Talvez ele até encontre uma habilidade e na qual, após um longo esforço, venha a se tornar alguma coisa, dando a sensação de não sucumbiu ao fracasso, mas isso apenas mascara as suas fraquezas, empurrando-as para debaixo do tapete, até que alguém com um pouco mais de coragem resolva levantá-lo e trazer à tona o que ele tentou tanto ocultar. Então o cheiro podre do fracassado se espalha feito cheiro de carniça sob o sol escaldante. Ai não há máscara que resista e nem tapete que cubra.
