A rainha tem seu reino,
Tem seu rei,
Tem seu povo,
Tem seu reinado,
Seus tesouros, e seus corvos.
Mas ninguém para lhe adorar.
Ninguém lembrou do seu aniversário,
Não fizeram festa para rainha,
Não levaram presentes,
Na praça todos ausentes,
Sem lembranças, sem devoção,
Sem nenhuma explicação,
Não foram nem os parentes.
A rainha tem seu orgulho,
Suas jóias e seu poder,
Mas não tem olhos para o povo.
Não é amada nem odiada,
É totalmente indiferente,
Esquecida totalmente,
Não tem ninguém para amar.
Nenhuma festa para rainha,
Nem manifestações de carinho,
O povo no campo sozinho,
E a rainha no castelo,
Naquele dia claro e belo,
Foi esquecida pelo povo.
O povo não lhe fez louvor,
Foi como um dia comum,
Sem admiração, nem amor,
Sem respeito nem calor,
Ela foi totalmente ignorada.
Naquele dia, ela ficou sozinha,
Não houve festa para a rainha.
Notando que o povo lhe ignorou,
No seu quarto escondida,
Triste e desiludida,
Frágil e esquecida,
Como uma criança chorou.