Nível Superior: Inexigível, mas não dispensável.
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Concordo com o companheiro Eduardo Cândido.
Se é correto afirmar que a instrução, ou a formação profissional de nível superior, por si só, não garante o sucesso na presidência da República, por outro lado, não significa dizer que, quem a possui, não esteja em relativa vantagem com quem não a tem.
A regra geral é que o sucesso depende, em grande parte, aliados a outros fatores, do conhecimento e da experiência, como um todo.
A exceção é o sucesso sem a formação adequada, que não sobrepõe-se à regra geral.
Se o Lula, além da inteligência que Deus lhe deu, tivesse um curso superior qualquer (direito, economia ou administração, etc.) só iria melhorar o seu desempenho. Só teria ganhos.
Argumentar que FHC, Sarney ou Collor, apesar de ter formação superior, realizaram um péssimo governo, não significa dizer que o mau desempenho foi por conta da formação superior. Isto seria um absurdo.
Esta premissa, além de falsa, sugere outro absurdo: o de que, caso os citados governantes tivessem, apenas, o segundo grau, seus governos teriam sido bem melhores.
Um jogo de palavras que sugere conclusões falsas. A verdade é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas o conhecimento, em qualquer circunstância, sempre é melhor do que a sua falta.
É claro que, à medida que você se afasta do campo das ciências, para inserir-se no campo das artes, de modo geral, a necessidade de formação superior irá decrescendo. Quem tem o talento inato, por exemplo, para tocar violão, pouco irá precisar de formação de nível superior para executar, com perfeição, o seu instrumento. Já em relação ao exercício da presidência de uma grande nação, como é o caso do Brasil, onde quase todas as decisões envolvem questões complexas e relacionadas nos diversos ramos do conhecimento humano, insertas no ramo da ciência pura, a formação de nível superior cresce de importância.
Domingos