Fernanda tem o silêncio na alma
Bebe a calma do silêncio
No porto onde o amor acalma.
Silêncio, seu parceiro dileto,
O eterno conselheiro
Envolvido companheiro
Na penumbra dos seus olhos.
Silêncio que preenche as ausências
Dos sentimentos envolvidos em versos
Que navegam mares poéticos
A procura de terras lúdicas
Onde se deleitam seus silêncios.
Fernanda fragmenta os sonhos
Entre silêncios exóticos
Bordados no seu coração
Com fios de ouro e prata.
Poemas fundidos nas maravilhas
Ofuscam como brilhantes
Nas altas prosopopéias,
Pintados com tinta empírica
Flutuando nas lágrimas e lavras.
Seu corpo impregnado de silêncios
Faz prece nos corredores da alma
Trançando palavras silenciosas
Enfeitando colchas com poesias,
Rendadas de ternuras e silêncios.
Na cama poética de Fernanda
Deitam-se silenciosos sentimentos
Dormem amantes e amores
Sonhando com vinhos poéticos
Embriagados nos silêncios magnéticos.