Estranho como nessa nossa pressa, não percebemos coisas básicas e fundamentais na vida. Vamos andando, correndo com o despertar do relógio, do pagamento da conta, da limpeza no carro e de tantos outros motivos estressantes das nossas atuais circunstâncias político-econômico-social.
Trabalho com duas amigas. Literalmente e sentimentalmente, amigas. Daquelas que oferecem o ombro para chorar. Daquelas do tipo que vão na esquina “descalça” para socorrer, por um motivo que seja. Por um motivo qualquer.
Hoje recebi a notícia que uma delas foi promovida. Meu coração pulou de alegria! Como é bom sentir felicidade com a felicidade alheia! Sei que ela lutou e conseguiu. Que teve momentos de forte pressão e como qualquer ser humano, em alguns momentos, achou que não conseguiria. Eu estava ali do seu lado. Retribuindo sua amizade. Ela não se deixou abater (apesar de haver rolado lágrimas no seu peito). Agora se levanta e sorri.
Nós três vamos nos separar. Cada uma vai para o seu lado. Nossos destinos separam-se agora. Confesso que apesar de alegre por todas nós, já começo a sentir saudades da preciosidade que foi nosso dia-a-dia entre feras e cobras.
Meu Grupo de trabalho... Sentirei falta da presença das minhas verdadeiras amigas, principalmente por serem amigas de trabalho, onde os fins não justificam os meios. Onde é cada um por si e Deus não se vê. O que existe é a cobiça do Poder e o vil metal. O “passar por cima de tudo” e... pisa-se em que vê e quem não.
O fim não justificam os meios... no universo há um lugar que é só nosso. Está lá. Olho e vejo lá. O lugar de cada um.
Com nossa amizade mais uma vez recorro à minha tese de “poeta”: “Amigos são a essência da natureza. Jardins que precisamos cultivar, adubar e regar para vermos o nascimento de nossas plantas, de nossas flores crescendo e multiplicando.
A amizade vale mais que ouro. Ditado antigo mas sempre recente. Ser amigo e ter amigos é crescer e multiplicar.
Quando não se sabe cultivar a terra, a planta da amizade seca e morre. Sem chance de multiplicar o meio-ambiente da árvore da “amizade”.