Carta publicado no jornal Diário do Nordeste, dia 31 de julho de 2006
Uma prática bastante antiga no Brasil tem seus dias contados, iniciando-se pelo Poder Judiciário e esperado-se estender aos outros poderes, ou seja Executivo e Legislativo, onde o maior número de cabide de emprego ocorre, pois seus representantes usando das prerrogativas do poder sombream os parentes que não conseguem lograr êxito em concurso público, não bastasse o número de cabos eleitorais que usufruem das confortáveis sombras do poder. Com o importantíssimo papel de fiscalizar e denunciar as mazelas causadas pela injustiça social, a imprensa deve prestar este relevante serviço ao povo brasileiro acionando os órgãos como TCU, TCE e TCM para ficarem atentos a essa prática abominável de homens públicos mal intencionados. A injustiça, causada por essa prática que suprime a oportunidade de alguém que tem a vida dedicada aos livros, é no mínimo desonesta e mais doloroso é saber que seus praticantes são representantes do povo. O nepotismo é o parceiro da corrupção, facilitando o escamoteamento das falcatruas administrativas e é também munição dos maus políticos que através do mesmo podem cimentar sua base eleitoreira, perpetuando-se no poder, todavia ainda se pode contar com a relevante parceria do Ministério Público no controle a essa prática.