SPRINGFIELD, Massachusetts.
Dois dias depois de a mais alta corte do estado americano de Massachusetts autorizar a morte de uma menina de 11 anos — desligando os aparelhos de respiração e alimentação que a mantinham viva — médicos informaram ontem que ela estava respirando sem a ajuda de aparelhos, depois de sofrer uma traqueostomia. Com isso, autoridades suspenderam os planos de permitir que morresse. Haleigh Poutre vive em estado vegetativo devido a um espancamento atribuído a seus pais adotivos, ocorrido em setembro.
— Ela consegue receber ar, mas não consegue engolir — afirmou Denise Monteiro, porta-voz do Departamento de Serviços Sociais de Massachusetts.
Haleigh foi posta sob custódia do estado depois de a polícia acusar seus pais adotivos de espancá-la com um bastão de beisebol. Considerando seu estado vegetativo irreversível, o governo estadual pedira à Justiça que permitisse sua morte.
Há quatro meses, a menina foi internada com sérios danos cerebrais, contusões, queimaduras, cortes e dentes quebrados. Menos de duas semanas depois, a polícia acusou sua tia e mãe adotiva, Holli Strickland, e o marido dela, Jason Strickland, de a terem espancado. No dia seguinte, a tia apareceu morta junto ao corpo da avó, no que a polícia considerou um aparente assassinato seguido de suicídio.
Sem planos imediatos para desligar aparelhos
Jason poderá ser condenado por assassinato se Haleigh morrer, e tem tentado mantê-la viva. Mas terça-feira a Justiça autorizou o desligamento dos aparelhos. Na quarta-feira, autoridades relataram uma mudança nas condições da menina. Ontem, a porta-voz do departamento disse que o estado não tinha plano imediato de remover o tubo de alimentação e que novos exames seriam feitos.
Fim.
Transcrito, na integra do Jornal O Globo, em 20 de janeiro de 2006.
Com certeza haverá castigo. Deus ama os seus filhos.
Querida amiga Lourdes: Estamos com você em oração. Não demore. Sabe?