A crise vivida pelo Poder Judiciário deve-se, em parte, à constatação de que há envolvimento de membros com circunstâncias denotadoras de falta de independência para o exercício da judicatura. O Judiciário não pode conviver com os interesses de grupos econômicos e políticos, pois esta relação pode criar interdependência capaz de viciar a mente dos que recebem a missão de julgar. Querem, todos da sociedade, magistrados isentos, honestos e cônscios da necessidade de manterem a independência necessária para dar o direito a quem realmente é merecedor. Não é permissivo subserviência de todos que pretendem galgar espaços na carreira, com promoções a estágios superiores. Servir ao chefe é necessário por obediência à hierarquia, mas o magistrado não está sujeito a este tipo de comportamento, pois a independência é o comando que deve seguir para garantir decisões desprovidas de paixões e de parcialidade. Não é ético aquele que atende a pedidos nefastos para julgar processos em determinadas direções, fazendo-o indigno de vestir a toga. Também não age com ética o membro de Tribunal que procura direcionar o resultado verificado nos processos pelos membros inferiores. A ética é condição mínima para quem quer ser julgador. Estes argumentos são já de conhecimento da sociedade e envergonham a todos que procuram respeitar a tarefa de agir com Justiça.