Por que não gosto da Semana Santa?
Não gosto da Semana Santa! Definitivamente não gosto!
As recordações de dor e sofrimento repetidas ano a ano me deixam triste e, sobretudo amargurado. Essas comemorações de prisão e morte de Jesus trazem para todos que acompanham de perto “uma comoção coletiva masoquista” que não deveríamos passar.
Se Deus é ENERGIA POSITIVA, se Ele é VIDA ETERNA, por que relembrar dessa forma da morte de Jesus?
Penso que comemorar a sua Ressurreição sem vivenciar os seus sofrimentos e a sua morte seria muito mais alegre e honesto.
É verdade que não podemos esquecer tudo aquilo que Jesus fez e os legados que nos deixou, mas a forma teatral de sua morte é fazer sofrer um povo cristão já sofrido, que não tem mais dúvidas de sua importância como homem e Filho de Deus.
Sendo assim me pergunto: Se Jesus estivesse vivo (como homem), faria o que nós hoje fazemos? E respondo: Não, Ele não faria!
As imagens de Jesus crucificado, fabricado e distribuído entre os católicos (eu sou católico), fazem parte de um “marketing religioso” que não mais deveria continuar.
A cruz já é uma “logomarca” dos cristãos há mais de dois mil anos. Essa identificação pela tristeza poderia ser revista pelo Vaticano. Estamos no século XXI onde a tecnologia e a ciência se rendem a Fé e a sua Energia, portanto seria inteligente descobrir novos caminhos para a “identidade de Jesus” sem necessariamente continuar usando métodos emocionais (através de seu sofrimento e morte) para “lembrar” quem foi Ele.
O Dr., Professor e Teólogo Leonardo Boff (Teologia da Libertação) com sua inteligência e seus inúmeros livros publicados faz a seguinte recomendação:
Pergunte-se sempre: Se Jesus estivesse aqui, vivo entre nós, o que Ele faria? O que Jesus pensa do comportamento humano que temos hoje? Como Jesus responderia aos seus discípulos sobre os caminhos escolhidos pela Igreja Católica nos tempos atuais?
É certo que jamais poderemos esquecer da perseguição, ingratidão, traição e principalmente tortura e morte que Jesus foi submetido. É necessário transmitir as novas gerações as tradições da Igreja, a fé e as demais virtudes, mas confesso não entender porque não buscar uma forma mais inteligente para evangelizar.
A Igreja Católica passa por uma “crise de entendimento teológico”, portanto penso ser providencial que o Papa Bento XVI com a Sua Santidade estará sendo iluminado para as mudanças necessárias e urgentes, que nós católicos leigos, gostaríamos que acontecesse.
Peço aos leitores católicos que estão lendo esse texto que não me interpretem como um mau católico contestador, mas que à luz da razão, pensem e ponderem sobre o verdadeiro caminho cristão que devemos seguir, e meditando e orando “falar com Jesus” em canal aberto, pedindo a sua orientação para continuar a evangelizar da forma mais correta que Ele nos indicar.
É importante prosseguir na fé! É necessário evangelizar!
Feliz Páscoa! Feliz Ressurreição no amor e na solidariedade para todos nós!