Justiça condena fazendeiro a 30 anos de prisão como mandante da morte de Ir. Dorothy
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BELÉM, terça-feira, 15 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A Justiça do Pará (norte do Brasil) condenou esta terça-feira o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura a 30 anos de prisão em regime fechado, acusado de ser o mandante do assassinato da Irmã Dorothy Stang, missionária norte-americana radicada no Brasil, em fevereiro de 2005.
A missionária atuava pelo desenvolvimento sustentável da região amazônica e em favor das pequenas comunidades locais. Sua atuação contrariava os interesses de grandes fazendeiros da região e de posseiros.
O fazendeiro é o quarto acusado de envolvimento no crime a ser julgado. Em dezembro de 2005, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados como executores do crime a 27 e 17 anos de reclusão, respectivamente, por homicídio duplamente qualificado, com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.
Amair Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de prisão como intermediário do crime, mas foi beneficiado com a redução de um terço da sentença, devido ao recurso de delação premiada.
Regivaldo Pereira Galvão também acusado de ser mandante do crime chegou a ser preso, mas conseguiu habeas corpus e aguarda o julgamento em liberdade.
O resultado foi comemorado por 900 agricultores de vários municípios que estavam desde essa segunda-feira na frente do Tribunal de Justiça acompanhando o julgamento.
Obs.: A condenação foi justa. O problema é que daqui a uns 5 anos - caso o criminoso não recorra à instância superior -, o fazendeiro andará solto por aí, todo fagueiro, pronto pra outra. Basta comprar uma Bíblia, se mostrar piedoso e ter bom comportamento, que poderá usufruir do famigerado "1/6". Só estranhei a comemoração feita por diversas pessoas, dançando nas ruas, incluindo o irmão de Dorothy. Comemorar o quê? A prisão do bandido ou a morte da freira? Só malucos comemoram a morte de alguém (Félix Maier).