Andando entre as arvores
me molhando na chuva
sentindo o vento no rosto
vendo o clarão de um raio
observo a perfeição de um Deus natureza que
fala com a voz do trovão e escreve com o risco do raio.
Brincando com as crianças
respeitando os mais velhos
vivendo em comunidade
cuidando dos idosos
sinto a presença de um Deus protetor
que enfeita o mundo com o sorriso dos inocentes
e com o olhar de ternura dos mais velhos.
Lutando contra a injustiça
defendendo os fracos
amando os mais pobres
não querendo o poder
vislumbro a presença de um Deus justiceiro
que dá força aos que acreditam
que o céu tem que ser aqui e agora.
Com um olhar de ternura
sem tirar os pés da terra
com as raízes fincadas no chão
sem deixar de mirar o firmamento
posso sentir a presença de um Deus acolhimento
que mesmo ressuscitado continuou de braços abertos
para acolher os que semeiam caridade
e plantam justiça no canteiro do mundo.