Cardeal Martino em um curso para capelães militares brasileiros
INDAIATUBA, terça-feira, 10 de junho de 2008
ZENIT.org
«O militar cristão está chamado não só a prevenir, enfrentar e pôr ponto final nos conflitos, mas a contribuir para a reconciliação e a edificação de uma ordem baseada na verdade, na justiça, no amor e na liberdade», afirma o cardeal Renato Raffaele Martino.
O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz interveio com estas palavras, nesta terça-feira, em um curso para capelães militares brasileiros celebrado em Itaici (Indaiatuba).
O encontro foi organizado pelo Ordinariato militar brasileiro para aprofundar na assistência espiritual dos membros das forças armadas.
«O alfabeto da paz está inscrito pelo Criador na mente e no coração da pessoa e pode vencer toda propensão irracional à guerra», afirmou o purpurado.
«A paz é possível se os homens se reconhecem reciprocamente como titulares de direitos inalienáveis ligados à sua natureza original», seguiu dizendo.
Por este motivo, afirmou o purpurado italiano, os militares, que cada vez estão mais envolvidos em operações humanitárias e missões de paz, são percebidos como «ministros da segurança e da liberdade».
Assim se entende, sublinhou, a importância de «sua evangelização e de sua catequese no âmbito de uma pastoral militar orientada a promover a caridade (em particular durante os conflitos armados), a dignidade das pessoas, a unidade da família humana e a paz».
Em sua intervenção, o cardeal sublinhou também a exigência de formar os militares no Direito Internacional Humanitário, que busca afirmar a dignidade humana e a solidariedade entre as partes enfrentadas e mitigar a desumanidade da guerra.
Com este objetivo, o Conselho Pontifício Justiça e Paz organizou dois cursos internacionais de formação dos capelães militares católicos sobre Direito Humanitário, em 2003 e 2008, cujas atas serão publicadas logo pelo Conselho Vaticano.