WOLFF, Hans Walter. Bíblia: Antigo Testamento; Introdução aos escritos e aos métodos de estudo. – São Paulo; Ed. Paulinas, 1978, pp 55-93 (Excursos)
As principais disciplinas dos estudos do A.T. têm como tarefa principal a explicação dos textos do A.T usando a exegese como uma de suas ferramentas. O texto bíblico tem importantes ligações históricas, e isso faz da história um importante item a ser estudado. Os livros do A.T. foram escritos de em várias formas literárias, e essas formas devem ser de igual modo estudadas. A teologia do A.T. demonstra ser a história normativa básica do anúncio, podendo servir como uma moldura de estudos bíblicos em qualquer futuro estudo de teologia. A filologia do antigo oriente próximo promove a compreensão da língua hebraica e o modo de encarar o mundo da época. A religião comparativa também nos ajuda a entender melhor o povo de Israel naquela época.
Os métodos da crítica dos textos. – Eles nos dão segurança em uma aproximação ao texto original fazendo uma ligação de estudos até o modo como se apresentam nos dias de hoje. Crítica textual busca os originais, enquanto que a crítica literária as fontes usadas dando ênfase na historicidade. Nas investigações das antigas traduções, devemos observar não somente os erros e correções dogmáticas dos escribas, mas também as dificuldades lingüísticas e a necessidade de transpor o texto para uma outra cultura. Conhecer esse fatores é de essencial importância para o estudioso deste assunto.
Crítica morfológica – investiga os elementos fundamentais de unidades retóricas e literárias, seu contexto e sua função na vida popular, a fim de assimilar mais de perto o sentido das sentenças individuais e o significado das unidades mais amplas. Nos tempos antigos usavam-se fórmulas: assim fala fulano, não temer, etc... cada uma em um contexto que servia de pretexto ao autor da mensagem.
A estrutura social do antigo Israel – Existia uma comunidade matrimonial que era a base da sociedade, a monogamia era a forma predominante, mas a poligamia dava status político e social. Essa estrutura era patriarcal. Em sua forma mais ampla essas estruturas se organizavam em clãs, que formavam exércitos e se denominavam tribos, as quais tinham seus governantes e sacerdotes.