Professor da Princeton adverte sobre a pesquisa que destrói embriões
Por Robert F. Conkling
BALTIMORE, quarta-feira, 22 de outubro de 2008
ZENIT.org
O debate sobre a pesquisa com células-tronco mediante a destruição de embriões é essencialmente uma das não-razões para matar uma pessoa em benefício de outra, disse o professor da Princeton (Estados Unidos) Robert George, durante o discurso de encerramento da 77ª Conferência Anual da Associação Médica Católica, sobre as aplicações à práxis médica da teologia do corpo de João Paulo II.
Cerca de 310 médicos e 18 estudantes de medicina se reuniram, de 9 a 12 de outubro, em Baltimore, Maryland, para refletir sobre a «Teologia do Corpo: Desafios Atuais à Saúde, Consciência e Dignidade Humanas».
A conferência anual, sob o patrocínio da esposa, mãe e médica católica Santa Gianna Beretta Molla, foi inaugurada com uma missa, presidida pelo cardeal William Keeler, arcebispo emérito de Baltimore. O arcebispo Edwin O`Brien, que atualmente pastoreia a sede de Baltimore, presidiu a missa de encerramento.
George, que é professor de Jurisprudência e membro do Conselho de Bioética do Presidente dos Estados Unidos, disse que a «ciência, em concreto a embriologia, está do lado daqueles que rejeitam a idéia de uma pesquisa com células-tronco embrionárias».
Explicou que a ciência revela que o embrião humano, desde sua primeira manifestação, como zigoto unicelular, é um ser auto-determinado, que dirige por completo seu crescimento e desenvolvimento. Sublinhou que, desde a concepção, o ser humano passa por estágios de desenvolvimento, mas não pode ser considerado outro tipo de ser.
Argumentou que justificar a matança de crianças deficientes com o fim de obter órgãos transplantáveis, inclusive para enfrentar a doença e sofrimento de outras pessoas, seria insustentável e ninguém deveria defender essa prática, baseando-se na «necessidade de órgãos».
«Se o debate se prepara com uma séria atenção aos fatos de embriogêneses e desenvolvimento humano prematuro, e mais profundamente, inerente e igual dignidade dos seres humanos, afirmou George, então, como nação, chegaremos no final à rejeição da deliberada obtenção de vida humana, independentemente dos benefícios prometidos.»
E acrescentou: «os cientistas já fizeram um impressionante progresso quanto ao objetivo de produzir células estaminais plenamente pluripotentes com métodos não-destrutivos de cultivo de células-tronco de tecidos adultos e do sangue do cordão umbilical.
Para mais informação: Catholic Medical Association, www.cathmed.org