Natal da minha terra
que neve encerra.
Neva na rua, neva na alma
e esse frio é que conserva claros
e nítidos sentimentos idos
do lar sonhado e vivenciado.
Natal pequenino, festejando um menino
que nascia enfim, para ser luz em mim.
A neve tão branca, que brilho tinha, já
anunciava um brilho maior que se
aproximava.
E esta imensidão de brancura também
me mostrava que para além daquele
mundo, outra brancura por mim
esperava.
O Natal ficou mais lindo, mais cheio de
graça. Da janela da lembrança, entra
através da vidraça a neve tão branca
fria. Como tênue melodia, vem fazer-me
companhia.