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Textos_Religiosos-->Santuário de Lourdes -- 09/12/2008 - 22:11 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cinco curas «extraordinárias» reconhecidas em Lourdes

Foram declarados 67 milagres ao longo da história do santuário

LOURDES, terça-feira, 9 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Pouco antes de que concluísse o ano do 150º aniversário das aparições, o Comitê Médico Internacional de Lourdes (CMIL) reconheceu cinco curas como particularmente «extraordinárias».
Estes casos fazem parte de outros muitos dossiês estudados desde 2004. As curas foram experimentadas por pessoas entre 40 e 69 anos.

Até agora se reconheceram apenas «67 milagres» entre as 7 mil declarações de cura apresentadas ao departamento médico do santuário desde 1883.

Os casos foram apresentados em uma coletiva de imprensa realizada em 1º de dezembro, convocada pelo Comitê.

«Estes casos foram objeto de um diagnóstico profundo. Estas curas foram acompanhadas por uma transformação espiritual evidente», afirmou o professor François-Bernard Michel, que preside o comitê composto por cerca de 20 membros.

Os casos de curas extraordinárias respondem a critérios de observação clínica, com um exame dos dossiês por parte de especialistas internacionais, sobre fatos extraordinários que acompanham a evolução da doença. Para outorgar este reconhecimento se exige um «verdadeiro caminho de fé» associado à cura.

Zenit publicou em 6 de dezembro passado o testemunho de um dos curados, «Senhora B», que hoje tem 53 anos, curada de miopatia, libertando-se assim da cadeira de rodas.

Outro dos casos foi experimentado por uma mulher, apresentada na coletiva de imprensa como «Senhora A», de 40 anos, que padecia de esclerose múltipla desde abril de 1993, e cujo estado estava se agravando seriamente até 2004.

«Em 20 de maio de 2004, durante uma peregrinação a Lourdes proposta por uma amiga, esta pessoa, que no início não era crente, constatou imediatamente nas piscinas o desaparecimento da impotência de suas pernas e outros sintomas. Desde então não experimentou nenhum outro problema de saúde. Os exames clínicos realizados em duas ocasiões pelos membros do CMIL se revelaram como totalmente assintomáticos», explicou o Comitê no comunicado entregue na coletiva de imprensa.

A declaração de um milagre não corresponde ao CMIL (que só reconhece o caráter inexplicável da cura no âmbito científico), mas à Igreja Católica, em particular ao bispo da diocese, que neste momento é Dom Jacques Perrier. A diocese declarará depois se estes cinco casos de «cura extraordinária» podem ser considerados como milagres.

«Sem dúvida alguma, estas pessoas estavam mal, ou muito mal: o dossiê médico testemunha. Tampouco se pode contestar que hoje estão bem e nada indica que a doença possa voltar.»

«Esta mudança de estado, que foi súbita, está ligada a Lourdes, com freqüência em uma peregrinação. Esta experiência inesperada mudou a vida destas pessoas, em todos os níveis, inclusive em sua fé, em seus compromissos com a Igreja e no serviço aos demais.»

«Estes são os fatos. Cada um é livre, depois, para interpretá-los. Não terão nunca uma evidência obrigatória», conclui o Comitê.

O ano do jubileu de Lourdes, encerrado nesta segunda-feira, solenidade da Imaculada Conceição, recebeu um número recorde de peregrinos: quase 9 milhões. Em 2007 tinham sido seis milhões.


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Roma encerra 150 anos das aparições de Nossa Senhora em Lourdes

A Virgem peregrina esteve na basílica de Santa Maria a Maior

ROMA, terça-feira, 9 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Roma encerrou nesta segunda-feira, com uma missa presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, a comemoração dos 150 anos das aparições da Virgem Maria em Lourdes.
O secretário de Estado, na homilia da celebração eucarística, que aconteceu na Basílica de Santa Maria a Maior, apresentou Maria como a Mãe que consola os enfermos e os ajuda a enfrentar sua dor.

«Olhemos para Ela sempre, em cada circunstância, na alegria e na dor, na saúde e na doença, na vida e na morte», disse dirigindo-se aos milhares de fiéis congregados na Basílica, assim como a quem o escutava desde o átrio e da praça contígua.

A imagem peregrina de Lourdes havia chegado no sábado anterior à basílica mariana, depois de ter percorrido diferentes cidades da Itália.

Durante os três dias de presença de Maria, o templo romano esteve cumulado de fiéis provenientes de todas as partes do mundo. Recebeu a visita em particular de milhares doentes e deficientes, para apresentar seu pedido ou agradecer-lhe.

A cerimônia de acolhida da Virgem Peregrina havia se realizado no sábado passado com uma procissão pelas ruas de Roma. Durante esta tarde invernal, milhares de fiéis, muitos deles com círios acesso, caminhavam pela Via Merulana acompanhando a imagem e entoando cantos marianos.

Com aplausos e a tradicional Ave Maria de Lourdes, foi recebida a imagem na primeira Basílica do Ocidente construída em honra de Maria. Depois começou a oração do terço para dar-lhe as boas-vindas.

Com momentos de oração pessoal, missas, liturgia das horas, a exposição do santíssimo sacramento da Eucaristia e um terço solene meditado, passaram os três dias dedicados Nossa Senhora.

Vários voluntários da associação UNITALSI (União Nacional Italiana para o Transporte de Enfermos a Lourdes e a outros Santuários Internacionais) estavam presentes dentro e fora da Basílica, acolhendo os peregrinos.

«A atmosfera de Lourdes é sempre excepcional. E revivê-lo em Roma é ainda mais excepcional. Por isso, é uma honra tê-la em nossa casa», disse à Zenit Andreina Ferrouchi, membro de UNITALSI.

A associação foi fundada em 1903 por Giovanni Battista Tomassi, quem, diante da gruta de Lourdes, sentiu o chamado a formar uma associação na qual se vivesse a caridade como serviço gratuito.

Agora conta com mais de 100 mil adeptos de diferentes estados de vida e se encontra presente em todas as regiões da Itália.

Na França, 9 milhões de peregrinos visitaram este santuário mariano durante todo o ano jubilar.


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