Quero vos falar do que chamais de Quaresma.
Não devia ser nada igual ao que andais a propagar.
Falais de dor, de sofrimento!....
Isto porque toda a elevação do homem ou nação se fez
no caminho da dor.
Então pensais que comigo foi igual.
Eu fiz o caminho do Amor.
Se houve dor, o Amor que sentia era a anestesia para
o sofrimento, que ali se via.
Realmente é verdade que sangrei, fui crucificado,
morto, sepultado.
Chegou um momento que já não era eu que sentia.
O Amor se fez maior que a dor.
A chama desta energia, que me envolvia, dentro de
mim crescia.
Deixei de ser eu. Cedi lugar à luz, que veio de mim
se apoderar.
A Quaresma devia ter outro significado.
O que se estava ali a preparar não era a crucificação,
mas sim a transmutação.
A autoiluminação.
Um homem de carne e osso, como qualquer mortal,
Ia se autoiluminar .
A crucificação foi parte da preparação.
Era preciso o homem morrer para uma nova estrela nascer.
O corpo, que entre vós viveu, não apodreceu.
Se transmutou num Ser Celestial, ao homem igual, porém,
Com dimensão Celestial.
Tornou-se uma extensão do Sol Central.
Não é a minha morte que deveis recordar,
mas luz que desceu dos céus para Me iluminar.