Aqui a bater à porta
Que às vezes se abre ou não
A vida sabe-me a ser
A vida que queria ter.
O que foi não conta mais,
Longe ficaram os ais.
Se os houver, e tudo mais que vier
São sais a temperar um novo tempo a chegar.
Sou um corredor vazio,
o leito seco de um rio,
um campo por semear.
A fonte que o vai regar está prestes a jorrar.
As sementes vão chegar quando a água
daquela fonte umedecer o lugar.
A porta, antes trancada, está agora escancarada.
São os ares da Nova Era a renovar a face da Terra.