Que sei Eu?
Sei pouco ou quase nada.
E se soubesse não o diria, quem é
que acreditaria?
É melhor fazer poesia.
Nela cabe o antes, o depois, a eternidade.
Nela cabe tudo que vai pela humanidade.
Tudo que corre pelos rios da vaidade.
O que é de verdade e o que engendra a insanidade.
O que poderia vir a ser se nos dispuséssemos a fazer.
Somos muito mais do que pensamos.
Insanos acreditamos em limites, circunstâncias, e
cantamos hinos de louvor, mas não deixamos o
Grande Senhor aterrissar.
E até pedimos que fique bem longe de nós.
Lá no céu num lindo altar.
Como se fosse um ET, um dragão a cuspir fogo
pronto para nos assar antes de nos matar.