Fala do Trono
Meus Amados Filhos & Diletíssimos Familiares, Meus Veneráveis Cavaleiros da Ordem Real de Avis & demais Caríssimos Varões e Amigos de Avis:
SAUDAÇÕES AVILENAS!
Odia de hoje, em sua essência, marca duas singulares efemérides, uma de feição marianamente espiritual, a outra de cunho eminentemente histórico, porquanto neste 11 de outubro de 2011 celebramos a festa de Nossa Senhora da Conceição de Avis – Excelsa Padroeira da Casa e da Ordem de Avis –, como, outrossim, neste mesma data igualmente comemoramos 14 anos de minha ascensão ao Trono Real de Avis, aleluia!
2. Sublinha-se que desde os primórdios do Cristianismo que a figura maternal de MARIA SANTÍSSIMA se substanciou como um escudo imbatível quão certeiro e seguro do Povo de Deus, belicamente posicionado a proteger os cristãos contra as investidas diabólicas dos Infernos, de sorte que por isso também no verdor de nossa secular Ordem Militar de São Bento de Avis, a augusta Rainha dos Céus se apresentou como Mãe & Mestra dos Avilenos, que em seu patrocínio poderoso obteve do Altíssimo a efusão dadivosa de suas mais copiosas bênçãos, responsáveis, pois, pelas vitórias, êxitos e sucessos que os rubro-verdes anais avilenos guardam com reverente reconhecimento e terna gratidão, devotados à Santa Mãe do Redentor, destarte, no dia de nossa Grande Rainha, confessemos todo o penhor de nosso louvor à Senhora de Avis, mercê de todo o nosso carinho filial e sumo afeto: AVE, MARIA, Rosa Mística, Auxilio dos Cristãos e Fortaleza Nossa, Salve!
3. Entrementes, no tocante ao 14.º aniversário de nossa ascensão ao Trono Real de Avis, ressaltam-se quão insondáveis são os misteriosos e impenetráveis desígnios de Deus, nosso Senhor & Pai, afinal, é verdadeiramente inacreditável e reconhecidamente fenomenal, quiçá estranho, senão curioso e surpreendente, o que nos guarda a História, haja vista que exatamente aquele Príncipe Desterrado, o Infante DOM GONÇALO AFONSO JOÃO HENRIQUE FRANCISCO MIGUEL DA SANTÍSSIMA TRINDADE DE AVIS E TRASTAMARA (06/03/1476-13/07/1539), que as ignóbeis tramas palacianas das Cortes Ibéricas, mancomunadas com a abjecta politicalha urdida por altos dignitários da Igreja de Roma, trataram de confinar até a morte na Ilha da Madeira, miraculosamente viesse a ser a única rama da Cepa de Avis que restaria viva, uma vez que em solo continental português todos os demais integrantes da Família Real Avilena cedo faleceram, não restando, sequer, um só membro sobrevivente a habilitar-se assumir-lhe o Trono Real, no entanto, quis a Mão Poderosa do Criador, que justamente o ramo avileno que foi desumanamente degredado para a Ilha da Madeira ali florescesse e frutificasse esplendorosamente e daí, na pessoa de seu bisneto, o Príncipe DOM PEDRO DA CUNHA ANDRADA, se passasse para o Brasil, radicando-se em nossa Olinda, Pernambuco, de quem sou, Xad majorem Dei gloriam X, genealogicamente varão descendente e detentor legítimo de sua consangüínea primogenitura, aleluia!
4. Então, neste marcante dia, elevemos ao Santo dos Santos nosso hino de adoração à Santíssima Trindade, bendizendo-a em nossa Santa Rainha, a VIRGEM SENHORA DE AVIS, quanto em agradecimento às graças com que se dignou em revestir-me a fragilidade humana, ungindo-me com seus inenarráveis favores até eu chegar à posse do assento desta histórica Cátedra de Família, quanto também às bênçãos com que me bafejou sob o dossel sodalício deste Trono Real até os dias atuais, amém, aleluia!
5. Por conseguinte, nisto agradeço penhoradamente a todos quanto ao longo de dita trajetória, diferentemente de muitos que se esmeraram em apedrejar-me, ergueram-se varonis cercando-me com orações, serviços, palavras de conforto, atos de bravura, atitudes de coragem e gestos de fé, solidários a minha causa, unidos a minhas lágrimas e comungantes em meus sorrisos, enfim, companheiros de meus sonhos de uma brasilidade justa, honesta, trabalhadora e santa, portanto, neste 11 de outubro, a todos vós o tributo comovido de meu MUITO OBRIGADO diante da ação inefável do Espírito Santo, amém!
6. Com afeto avileno, concedo-vos, mui humildemente, o que de mais caro meu coração se vos teria a ofertar neste evento especial, isto é, a Bênção Patriarcal Xdo Infante-Primogênito da Casa Real de Avis, consoante prerrogativa outorgada aos Príncipes Primogênitos de Avis pela autoridade da Bula Pontifícia, exarada do punho de Sua Santidade o Papa GREGÓRIO XII (1327-18/10/1417), Sumo Pontífice Romano de 1406 a 1415, cum Petro et sub Petro, em 30 de outubro de 1407.
7. Dado & passado no Paço das Alcáçovas da Rainha, Sala do Trono ,aos 11 dias do mês de outubro do Ano do Senhor de 2.011, sub Galea Principesca ex Avis e sob o signo avileno do sacro Aneldo Mensageiro, no 38o ano de meu Priorado, no 32o aniversário de minha ascensão ao Trono Maia-fariato, no 14o aniversário de minha assunção ao Grão-Mestrado da Real Ordem Militar de São Bento de Avis e no 14o ano de minha colação ao Trono da Casa Real de Avis.
AB SOLIO THRONI A AVIS
Ad Perpetuam Rei Memoriam
DOM RONALDO ANTÔNIO GONÇALO AFONSO DUARTE JOÃO BENTO JOSÉ LEOCÁDIO GABRIEL RAFAEL MIGUEL DA SANTÍSSIMA TRINDADE DE AVIS E TRASTAMARA DA MAIA DE FARIAS
AD MAJOREM DEI GLORIAM
Príncipe de Avis e Trastamara
Grão-Mestre da Ordem de Avis
Paço das Alcáçovas da Rainha
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