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Textos_Religiosos-->A Educação e a Igreja 191102 -- 01/02/2005 - 02:32 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Rodrigo M Martins

Paradigmas Pedagógicos – IV Ano 2002

Foram muitos e longos dias de aprendizagem no seminário. As reflexões nos fizeram aprofundar por vales antes desconhecidos, embora mui próximos. Na disciplina Paradigmas pedagógicos, estamos finalizando esta seqüência de reflexões, entretanto, ela continua na vida, pra vida.
“Até que ponto minhas reflexões junto às pessoas têm proporcionado vida esperançosa para estas pessoas e para mim?” Esta frase interrogativa foi anota no dia 27/08/02 em meu caderno, fruto de uma aula sobre Paulo Freire, que possuía um mundo silencioso, contudo atendo às pressões político-opressivas. Mas, como minhas reflexões refletem nas pessoas, ainda continua a ser um bom motivo para parar e pensar naquilo que ensino, e também no que aprendo no dia-a-dia diante da comunidade na qual atuo.
Atualmente vivemos num mundo que nos direciona, nos faz decorar a canção mais recente, porque a outra, tão gostosa e alegre, já passou, não “presta” mais. Paulo Freire foi um grande pensador que soube olhar à sua volta e retirar de seu contexto forças para criar a possibilidade de um mundo melhor. Ele “leu” o mundo antes de “ler a palavra”. Por isso a busca da liberdade emancipa a pessoa.
O mundo sempre teve grande importância para a educação. É através dele que sonhamos ir mais alto, é por causa dele que podemos sonhar ir mais alto. Com a educação não é diferente, pois está intrinsecamente ligada ao mundo, e o mundo a ela, e ambos ao humano que vive nesse mundo e carece de educação para viver melhor.
A vida é o presente que Deus nos dá para viver no mundo e cuidar dele. Para cuidar desse presente é preciso conhecimento, que, no caso do ser humano, vai se acumulando através das gerações. E é repassado através da educação, que é um ótimo instrumento para o crescimento da vida no mundo.
Também Piaget nos dá pistas sobre a importância da educação na vida do ser humano, pois relata que através da família é que se aprende, ou seja, de geração para geração, através dos pais e mães. Pessoas íntimas, que nos passam segurança e conforto no aprendizado das noções mais elementares, tais como a fala, a sobrevivência em grupo. Pois o mundo é feito de muitas famílias, e todas tem seus interesses, e a sobrevivência é um deles, gerando, já nesse momento, um certo egoísmo, mesmo que disfarçado de luta pela vida. Ora, Deus não nos deu o mundo de presente? Não é ele capaz de suprir de alimentos, todos nós? É por isso que esses dois pensadores se preocuparam tanto com a educação, pois o ser humano distorce a vontade divina em favor próprio. É por isso que é preciso inventar a esperança a cada dia na vida das pessoas. É preciso construir para a vida.
Mas refletir deveria gerar vida na vida das pessoas às quais estão a nossa volta, construindo novos mundos, consciências críticas e incluidoras dos outros. Este construtivismo pode incitar os aprendentes a pensar o processo por onde aprendem, fazendo com que os focos de estudo saiam do mero estudo por utilidade, para algo relacionado com prazer e o desenvolvimento criativo e eficaz das várias áreas do ensino, suprindo, assim, valiosos postos de que todo país necessita com pessoas bem formadas que aprenderam a não somente reproduzir, mas também relacionar e construir o novo. É o professor realizando a tarefa de orientar para o pensar, construir; muitas vezes apresentando situações relacionadas com a realidade para que, através do raciocínio, os aprendentes possam tentar as possíveis soluções, construindo assim o conhecimento de forma sólida. Está implícito que as novas perspectivas para o ensino são vistas em relação à criatividade e inventividade incitadas pelo professor nos alunos, é disso que o futuro vai precisar, e é para esse horizonte que ele nos aponta.
Fala-se de vida, de reflexões, de mundo, de professores, de alunos aprendentes, é impressionante a variedade de situações que nos traz o tema educação, contudo, educar não é somente transmitir conteúdos, ou explicá-los com ávida eficácia, existe um “tempero” a mais, pois a educação exige fé, não somente do que aprende, mas também daquele que ensina, pois somente assim poderá continuar no processo.
Fé e educação andam de mãos dadas para que a vida possa ser integral no mundo, para que a esperança possa ser imaginada e sonhada. Não é o egoísmo que trará flores para nosso caminho, mas sim o sonho promovedor de vida, de esperança.
Na Igreja de hoje precisamos de um conjunto harmonioso para alcançar a formação para este mundo em que vivemos. Nesta “receita” consta: responsabilidade, amor, fé, esperança, respeito, visão. Ao deixar a época do seminário, levamos conosco a responsabilidade de transmitir conteúdos às outras pessoas de forma a gerarem nelas a tão sonhada esperança, e vida, e liberdade consciente. Afinal, o evangelho possui a idéia de provocar uma ‘ressurreição’ na pessoa, uma mudança de mente e prática para uma esperança nova.
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