Padrões
Padrões, grilhões a aprisionar
Corpo e mente.
A alma não, os padrões a quem
A alma se verga, ninguém enxerga.
A alma é chama divina, é coisa do além.
O corpo tem preço, a mente também.
O quanto valeu, se algum dia aconteceu,
Já se esqueceu.
A alma serve outros padrões.
É serva leal de outros senhores.
E vai assim nas asas da eternidade
por este espaço sem fim.
O corpo se vai na linha da idade.
A mente, mente, finge que pode.
O mundo percebe a farsa.
Já não lhe acode.
A alma sim, fica ali até ao fim.
A única companheira para a vida inteira.
É quando o homem percebe então
Que nunca se perdeu a conexão.
Que sua alma é Deus em ação.
Lita Moniz
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