Da Noite Imensa ao Dia Sem fim
Quando nada acontecia.
Quando tudo era noite fria.
Quando a vida se escondia
Com medo de aparecer.
Quando o que havia era a
ânsia a perceber que para
além daquele mundo,
algo mais devia haver.
Quando ninguém se atrevia
A ultrapassar a condição sem
tirar os pés daquele chão.
Era uma maldição.
Era coisa do diabo a fazer do
povo coitado. Não o deixar perceber
que também ali havia magnetismo
bastante para ficar do mal distante.
Tempo! Tempo! O tempo deu de ajudar
O homem a se encontrar com a alma, que
o anima. Sem precisar navegar, sem sair
daquele lugar, começou a levitar.
Precisou desatar nós. Dizer não a pais e avós,
E até à religião que chegava com doutrinas que
O queriam no chão para manter a situação.
Governo bom sopra a favor, muda de direção.
Sem jogar culpa em ninguém, deixou o passado
de lado, saiu de lá machucado, precisava se curar.
Tratou de ficar esperto, fez o céu chegar mais perto
Para a claridade entrar , outra verdade lhe mostrar.
Pobre é pobre em qualquer lugar.
O dia que se fazia não escolhia nação, invadia
qualquer chão. Avé Maria! Era o que o povo
pedia, chegou a globalização.
Não a que queriam. A que deu de aparecer era a
alma a mostrar outro Jeito de aqui estar.
A noite imensa era a face escura, sombria da vida,
E de tudo que havia. Dela até a alma se escondia.
Na ânsia de se elevar, abraçou cruz e calvário, saiu
Daquele sacrário.
Tantas almas se soltaram que a escuridão iluminaram.
O dia clareou e parece não ter fim.
Cada alma descida recuperou a razão iluminou corpo,
Mente e coração.
Houve até festa no céu.
Novos portais a chegar.
Este Planeta Sagrado, e todo o ser aqui plantado
Aprendeu a se elevar.
E quando se põe a rezar ajoelha-se aos pés de Deus.
Conta-lhe os seus segredos, fala-lhe dos seus medos.
Abre ali o seu diário. Fala com Deus tal qual.
Sem intermediário.
Lita Moniz
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