“Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até as ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.`` (1 Samuel 15:3)
“Matai velhos, e mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los...” (Ezequiel 9:6)
Os sacrifícios humanos eram comuns não só às civilizações pré-colombianas como presentes em outros povos ao redor do mundo. Por outro lado, o sacrifício de animais era bem mais difundido, inclusive nas religiões monoteísta como o judaísmo, da qual se derivou o cristianismo e a muçulmana. No entanto, essa prática foi abolida com o advento da modernidade. Mas não em todas as crenças. Naquelas descendentes de cultos africanos o sacrifício de animais ainda é uma prática comum. A sociedade moderna condena esse tipo de sacrifício não só pela irracionalidade como também por rechaçar a matança de animais por motivos considerados fúteis. Eu condeno toda forma de sacrífico. Isso é o mais aviltante atentado à natureza. Entretanto, o que me parece inadmissível é a forma com que uma corrente do cristianismo condena esse e outros rituais, como se fossem coisa do diabo. Primeiro, se esquecem que estes ritos estão presentes no Velho Testamento; segundo, os tais ritos foram substituídos por algo que me parece ainda mais nefasto: o auto sacrifício. Como num ato masoquista, obriga-se o crente a sacrificar seus sonhos, seus desejos e até mesmo seu futuro. E tudo para quê? Em nome de um Deus? Definitivamente a humanidade não evoluiu tanto assim nos últimos milênios.