Menmósine
Dorme, para de imaginar, põe a memória para dormir.
Deixa-a descansar.
Para de querer de sonhar, andas a rodear cidades
Imaginárias com altas muralhas.
Nada do que pensas ou imaginas pensar se compara
A outros mundos com que que andas a sonhar.
Não vês que são filhas do desejo, do medo que aqui se veio instalar.
Deixa o corpo em ponto morto.
Deixa a memória repousar, se esvaziar de tudo que a anda a fustigar.
Deixa a alma se soltar, ela é capaz de levitar, ir ao Céu, com Deus falar.
Tão cheia de luz há de voltar
Que as tuas feridas há de curar.
O teu cérebro iluminar, o teu coração abraçar.
Lita Moniz
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