Deus concedeu a nós a missão de amar fazendo-nos à Sua semelhança. Nos criou com o amor, a Sua substância, que se tornou a nossa essência, o nosso Ser verdadeiro.
Tendo como essência o amor, temos a missão de amar. Mas nós muitas vezes a rejeitamos, como se fosse uma desgraça, sendo que ela é justamente a graça de Deus em nossas vidas!
Esquecemos a nossa origem divina. Deve ser esse o nosso pecado original, a origem do nosso egoísmo, que é o nosso sofrimento. Porque o egoísta é na verdade aquele que mais esquece de si mesmo, de sua identidade verdadeira. O egoísta tem muito pouco conhecimento de si mesmo!
Assim alienados de nós mesmos, passamos a procurar fora de nós a fonte do bem. Quando as ilusões fracassam, procuramos também fora de nós a culpa pelo sofrimento. Perdemos a paz de espírito, a simplicidade, a humildade. Ficamos viciados no orgulho, na vaidade, no desprezo, que são criações nossas, ilusões nossas.
Nesse estado de espírito, relutamos em reconhecer Deus como a fonte do bem, em nosso interior, em nossa própria alma. Relutamos assim para não “perder” as ilusões tão queridas. Esta relutância nossa, é inveja de nós mesmos, pois agindo assim nós não aceitamos a nossa própria felicidade. Esta inveja de nós mesmos é a raiz de todas as invejas que podemos sentir dos outros, pois a vida lá fora não pode ser melhor do que a vida aqui dentro!
Deus nos criou simples e ignorantes, para nos tornarmos simples e sábios. E nos tornamos complicados e ignorantes como o filho pródigo da parábola. E como o filho pródigo, temos que tomar a decisão de voltar. Precisamos voltar a ser simples para podermos nos tornar sábios. E a sabedoria começa com a gratidão, que é o reconhecimento de Deus em nós!