A irritação, como o próprio nome sugere, é um ferimento causado por um agente agressivo. Pode ser uma irritação na pele, pode ser uma irritação emocional. A pele pode ser irritada por alguma química, o sentimento pode ser irritado por maus pensamentos.
Tomamos muito cuidado para manusear ácidos, mas não temos cuidado igual com pensamentos irritantes, que atacam diretamente não a pele, mas o nosso próprio Ser. Além de causar sofrimento, a irritação é inútil e não soluciona problema algum. Aliás, ela é o problema.
Precisamos reformar o padrão vigente. Dizemos que outros nos irritam, mas se o pensamento é nosso, como pode ser assim? Nós é que nos irritamos com nossos próprios pensamentos, ainda que pensando mal dos outros!
Diariamente ganhamos de presente (ou até compramos) formas-pensamento tanto de pessoas, como de televisão, jornal, rádio, internet, etc. E é comum predominarem formas negativas de pensamento (porque vendem mais?). Mas o pensamento que pensamos é nosso, não importa a origem. Atua em nós antes de nós atuarmos nos outros. E permanece em nós se o aceitamos.
No entanto, o verbo pensar tem também o significado de curar, colocar remédio em um ferimento. Portanto, pensar com amor é o processo de cura. Então, pensando bem, podemos despertar em nós o dom de curar! Para curar alguém que tratamos com amor, e ao mesmo tempo nos curarmos, pois os outros são nosso acesso a nós mesmos!
Somos o que pensamos, não de nós mesmos, que é geralmente pura fantasia. Somos o que pensamos dos outros, porque é assim que nos revelamos, e ainda confirmamos em nosso ser o que nós queremos que os outros sejam! Por isso Jesus, nosso Mestre nos alertou: - “Ama o próximo como a ti mesmo”. Isto não é um simples preceito idealista, e sim, digamos, uma verdade operacional da qual não podemos fugir!