Aqui nos Estados Unidos, amanhã, 15 de junho é o Father s Day, ou seja, o dia dos pais, que aí no Brasil nós comemoramos no mes de agosto.
Amanheci o dia, nesta véspera do dia dos pais americano, pensando numa música antiga cantada pelo Jorge Veiga, que dizia mais ou menos assim: "Quem é que agora tem um dia todo seu, todo seu completamente, pra ganhar presente,o papai está tão contente,e o dinheiro do presente? De onde é que sai? É do papai, é sempre o papai".
Mas, agora, diferentemente, na maioria das famílias, o papai não é mais a única fonte de renda. As mamães, além de batalharem e ralarem o máximo nas suas casas, arregaçam as mangas e vão à luta, lá fora, para ajudar no orçamento familiar. Por outro lado, os filhos, desde cedo, também, participam da chamada "struggle for life", trabalhando e compondo.
É que a figura do pai, na metamorfose que a família experimenta nos dias que correm, mudou muito, deixou de ter aquela aura magica de semi deus, forrada pela goma de uma autoridade inautêntica, passando a ter uma expressão mais humana, mais real, embora, algumas vezes, fique uma saudade dos velhos tempos, entalada na memória da gente.
Lembro o meu velho querido atingindo os seus noventa e um anos, lúcido e dotado de excelente memória, declamando as suas poesias com aprumo e segurança.
Deus seja louvado!
Feliz dia dos pais para todos quantos, neste mundo desunido, violento, bizarro, apressado, nervoso, dividido, mas., ainda assim, nossa imensa gaiola para viver, desempenham na existência a agridoce missão de encaminhar os filhos no rumo do futuro, oxalá, meu Deus, um futuro melhor.
Num mundo mais humano, mais ligado na fraternidade, mais calmo, menos violento, mais cheio de amor.E, para não fugir do velho costume: mande-me sua bênção meu pai.
