Eu pensei que fosse um sonho...Mas você estava ali. Veio devagar... Deu um sorriso...Disse meu nome... Eu só te olhei. Rapidamente, tentei buscar palavras pra tentar te impressionar. Mas, elas não vieram...E nem precisei delas. A inteligência dos sentimentos gritou nos nossos ouvidos. A sabedoria do bem-querer excluiu as letrinhas do dicionário dos homens.
Eu ouvi seu coração. Foi incrível. Descompassado... Acelerado... Como é lindo o som de uma alma apaixonada! Minha cabeça encostada em seu peito... E eu... Eu só ouvia o tum... tum... tum... Aquele não era o sinal de um órgão responsável pela distribuição de sangue pelo corpo que o transporta... Era a voz de quem não mente... O grito do coração de quem ama.
E o mundo ao redor? O mundo, envergonhado e enciumado, calou-se. Os carros que circulavam pela avenida principal não emitiam barulho qualquer. Não tinham buzinas. Não aceleravam. Não haviam apitos de policiais. Não havia nada... Só o silêncio. Como é intenso o som do silêncio!
E você olhou em meus olhos... Eu me vi dentro deles. Vi meu olhar apaixonado. Vi também seu rosto se aproximando... Vi que seus lábios buscavam os meus. Vi quando os lábios se encontraram... E não vi mais nada... Agora, eu apenas sentia.
Parados, abraçados, enamorados... Foi o primeiro encontro real, depois de todo o amor virtual. Eu não esperava...Você não esperava... Mas, aconteceu! E foi lindo! Foi mágico! Foi bom demais da conta, só!
A mulher conhecedora dos sentimentos dos outros assustou-se com os próprios sentimentos. A mulher que achava que sabia de quase tudo, não estava entendendo nada. Aquela mulher...Esta mulher...estava realmente...apaixonada!