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cronicas-->A hora H -- 15/06/2003 - 12:24 (Aparecida Nunes Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ele chegou sorridente. O meu sorriso também veio. O abraço foi só carinho. O toque em meus cabelos também. A porta que se fechou foi por pura segurança. O mundo lá fora não gosta de quem deixa portas abertas! O convite pra sentar... A vontade de deitar... Mas, ainda não era a hora...
A música escolhida ao acaso, como se acasos existissem nas segundas intenções. O perfume se espalha pelo ar. O corpo dele cheiroso... O meu corpo perfumado... A taça do vinho gelado... A segunda dose que vem... O riso se faz solto. O frio vai embora. O calor vem de dentro. A vontade aumenta. Mas, ainda não era a hora...
Os corpos que se encostam... O coração que dispara... A respiração insegura... Os olhares que se cruzam... Os lábios que se procuram... E se encontram... Os lábios entreabertos... Se tocando lentamente... Suavemente, as línguas também se encontram... E o beijo que acontece... E como acontece! E mais um beijo que veio... A vontade continua... Mas, ainda não era a hora...
Uma mordidinha na orelha que me fez arrepiar... É bom! A palavra sussurrada não precisa tradução. O beijo no pescoço deixou a nuca com inveja. Pois que beije a nuca também! O perfume nos cabelos... O cheiro me embriaga. O vinho me embriaga. A vontade me embriaga. Mas, ainda não era a hora...
As mãos tocam os cabelos. E descem, lentamente, em busca de algo mais. E encontram alguns botões. Botões... Cadeados criados pelo homem pra proteger pequenas jóias da natureza. Algumas não tão pequenas, mas não menos preciosas. Os dedos que deslizam por onde dá pra se deslizar... Os pêlos se elevam em pequenos caminhos do corpo que arde. A vontade descontrola .. Mas, ainda não era a hora...
A porta do quarto se abre. A cama faz o convite. Os corpos não se acanham. As roupas abandonam os corpos. Os corpos não querem as roupas. O arrepio cobre o corpo. O coração dispara. A respiração ofegante... A vontade não pode esperar. A hora que é chegada...
Os gemidos se confundem com o som da campainha. Campainha? Que campainha? Minha casa não tem campainha... Será o som do amor, que os poetas tanto falam? Ops... Eu conheço esse barulho. O danado do despertador... Era apenas um sonho! Levanto-me, sozinha. Era hora de acordar... Maldita hora!

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