Abrir um site com a indicação do número de visitantes na página da frente é bom. Dá uma informação importante aos organizadores. Claro que os mesmos precisam entrar no site várias vezes e essas vezes também contam para aumentar o número de visitantes, mas os organizadores prudentes, tendo consciência disso, subtraem esses valores "indevidos" da soma total. É como se um dono de loja colocasse uma catraca na entrada de seu estabelecimento para medir o número de visitantes. Ele também teria que subtrair as vezes em que ele e seus funcionários entram na loja sob pena de ter um resultado irreal do número de frequentadores da loja. Porém, como a realidade pode ser criada pelo observador, e a seu bel prazer, alguém pode considerar esses registros válidos para se sentir melhor em relação à sua freguesia. Sem banalizar nenhuma atitude e sem desmerecer a necessidade de se entrar nos próprios escritos para conferir e/ou alterar os textos, o mesmo argumento vale para os escritores do Usina de Letras. Qual o critério sugerido, então? Sem critérios seria melhor, ou seja, do jeito que está. Algo mais além disso? O que caberia é ficar, como sugestão, o critério da consciência de cada um, como também já existe, pelo menos em tese. Isso para falar sobre quantidade. Sobre qualidade, a conversa ainda é outra. Escrever por uma necessidade de catarse pessoal pode até ser um bom motivo, desde que haja interesse em edificação, de si mesmo e dos leitores. Existe isso??? Quem ainda dá a última palavra é a consciência de cada um, aquela que vem, como assegurou Jung, sempre carregada de muitos padrões antigos e que ainda vigoram numa sociedade que insiste em ser competitiva. Mesmo que estejam relembrando, como hoje, um funesto 11 de setembro de dois anos atrás.