Olhava o monte de bosta que se alongava ante seus olhos.
E delirava...
De súbito, tomado do frenesi que só aos loucos acomete, mergulhou de cara inteira naquela merda fétida. E, sem hesitação, começou a comer, comer, comer...
Logo após, alcançou o abdómen com a mão já endurecida pela artrite reumática, e se satisfez com a refeição.
Sentiu-se um abade.
Mas ainda faltava alguma coisa para completar o lauto almoço: uma caneca de vinho.
Na falta deste, pegou um latão onde havia urinado, pouco antes, e ingeriu o mijo denso que lhe refrescou a goela como o melhor dos néctares.
Depois, então, já plenamente satisfeito, deu uns arrotos colossais, regurgitando parte do manjar régio.
Aconchegou-se aos detritos que sobraram e foi tirar uma soneca feliz.
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