Já são ouvidos longínquos sons de passos na estrada poeirenta da Galiléia. Na noite, repetindo as luzes fantásticas de dois milênios, uma estrela fulgura mais que as outras e aponta na direção da manjedoura onde o menino dormita, velado pela santa mãe, o exemplar pai e a contemplação pachorrenta de alguns animais.
E os magos vêm vindo, arrastando as sandálias na poeira saibrosa de mil caminhos. Seguem-lhes silentes tres caravanas de camelos e dromedários, servos solícitos e vigilantes, sabedores de que têm por missão guardar os presentes constantes de ouro, incenso e mirra.
Os pastores,atónitos, parecem antever para onde a estrela esplendorosa aponta, os rumos que a história da humanidade tomará depois da chegada do doce menino.
Há uma suave mensagem de paz pairando no ar. Há eflúvios de amor espargidos no ar da noite encantadora.
Tudo aconteceu naquela noite há mais de dois mil anos, mas, cada dezembro, a história se repete, os homens apressados param um pouco a azáfama da vida e, de olhos abertos, sonham com o binómio contido na inmorredoura mensagem do Menino Deus: AMOR E PAZ!.