QUE AUTOR VOCÊ GOSTARIA DE TER SIDO?
Provavelmente você já ter pensando: "Eu gostaria de ser que nem esse autor" ou coisa parecida quando teve o prazer de ler um autor com o qual você se identificava. Não sei se você teve a oportunidade de ler muitos autores assim como eu, e nem sei se esse pensamento já passou por sua cabeça; mas se passou é porque esse autor mexeu contigo.
Antes que você se pergunte se isso já aconteceu comigo, eu respondo que sim. Já peguei um livro de um autor e ao lê-lo fiquei tão encantado, que me dei ao luxo de formular o pensamento acima. E quando terminei de devorar o livro, quis pegar outro desse mesmo autor para saber se era tão fantástico como o primeiro.
E depois de ler as principais obras desse autor, eu não pude furtar de me deixar levar pelo estilo, pela forma e pela maneira como as histórias eram contadas. Não pude deixar de guardar algumas palavras, frases e idéias na memória que depois foram usadas em meus próprios escritos. Não como uma cópia ou imitação daquele autor, mas como uma forma de homenageá-lo, de dizer que ele me inspirava, de dizer o quanto havia gostado de sua obra.
Bem, talvez agora você esteja fazendo a pergunta mais obvia de todas. Que autor é esse que você tanto fala? Não que o autor não seja importante para você, mas é que o meu objetivo não é dizer que autor foi ou não importante para mim. Eu preferia que você parasse para pensar e fizesse para você mesmo essa pergunta: que autor mais mexeu comigo?
Não sei qual seria a sua resposta; todavia, seja qual for, eu espero que haja algum autor que tenha mexido contigo. Porque é gostoso a gente poder falar de um autor com prazer, com emoção; mesmo que isso não represente nada para as pessoas com quem você fala.
Quanto a mim porém, não seria difícil identificar que autor ou quais autores me influenciam, quais autores eu tenho uma admiração acima do comum. Basta ler o que escrevo, que os traços estão lá. Talvez passem despercebidos para aqueles mais desatentos ou para aqueles não conhecem as obras de Stendhal e D. H. Lawrence.
Não sei se você teve a oportunidade de ler Stendhal, mas não há como não se emocionar com o "Vermelho e o Negro", onde se conta as aventuras do jovem Juliem Sorel. Não há como não se sentir envolvido pela forma com que a história é contada, pelo idealismo do personagem, pela sua admiração por Napoleão Bonaparte e até pelas suas aventuras amorosas.
E D. H. Lawrence então? Quem nunca leu as aventuras e desventuras das irmãs Úrsula e Gudrun em "Mulheres Apaixonadas", onde os sentimentos e a relação entre homem e mulher são levados à s últimas consequências, onde o amor e a liberdade sexual se contrapõe à moral e a sociedade conservadora do início do século XX. E quanto ao clássico "O amante de Lady Chatterley?", onde a busca pela satisfação sexual deixou toda a sociedade inglesa de cabelo em pé? Uma obra publicada em 1928 e que ficou proibida na Inglaterra por cinquenta anos. Eu sei que existem tantos outros gênios da literatura, mas para mim, Lawrence é o preferido.
Não estou querendo dizer o que você deve ou não ler, mas se ainda não teve a oportunidade de ler estes dos grandes autores da literatura universal, então você não sabe o que está perdendo. Existem inúmeras edições dos romances "O vermelho e o negro" e "A cartuxa de Parma" de Stendhal e "Filhos e Amantes", "O Arco íris", "Mulheres Apaixonadas" e "O amante de Lady Chatterley" de D. H. Lawrence. Quanto a este último, é possível encontrar em bancas de sebo edições esgotadas de outras obras do autor, como "A serpente emplumada", "Canguru", "A virgem e o cigano", etc. Até mesmo na internet, você poderá encontrar não só alguns contos como também alguns poemas - uma vez que D. H. Lawrence também foi um grande poeta.
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