Semana passada li um artigo do eminente Rubens Figueiró, no diário daqui, o Correio do Estado, - " Cangando Grilo " - esta é uma expressão cabocla que significa - já que não estou fazendo nada... É vamos cangar grilos. Há tantos merecendo uma canga.
Sem nada para fazer, procurei um disco do Chico Buarque - um vinil, ou bolachão, como queira. Comecei ouvindo A BANDA, que fala justamento de uma canga de grilo: " estava atoa na vida....."...
Comecei a lembrar o passado. Esse passado que ainda não foi transformado em cinza e nem se encontra perdido nas brumas do tempo.
Quando estava no primário ouvia dizer que Brasil - é o país do futuro.
Já se passaram os anos e eu não os vi quando... o certo que ainda somos ( sic!) um pais do futuro... E olha que muita coisa rolou rio abaixo: revoluções, ditadura, arena, mdb, diretas já, corrupções, corruptos, ... e tantos outros que já escorreram pelos ralos da história... e nós ainda não chegamos lá.
Eu era criança - hoje, já estou quase pedindo a carteira de idoso e o Brasil, brasileiro, continua lépido e fagueiro criança, a espera do crescimento.
Acho que nunca verei esse futuro.
Estamos perdendo a vez de estarmos entre as nações lideres do mundo.
Aliás, justiça seja feita, essa posição estava sendo galgada, passo a passo, pelo ilustre FHC, com posições firmes frente aos problemas mundiais e o respeito a outros, como nós, emergentes. Posição que tomou, sem acinte, o que resultou em respeito, a sua pessoa e pelo nosso País, pelo mundo todo.
Esperava-se que o Presidente Lula continuasse esse trabalho.
Ele, mais do que ninguém, a se levar em conta o seu tão falado passado politico, passado esse, que o colocou onde hoje esta: governante de TODOS OS BRASILEIROS.
Entretanto, o que vemos, dia a dia, é o desvanecer da estrela , que foi o seu apanágio.
Agora, o Brasil, já não quer estar entre as primeiras nações do mundo. Contenta-se em ser o lider dos emergentes.
Claro, até os emergentes desconfiam dessa mudança de rota!
A insegurança do nosso governante passeia pelos dois polos: externo e interno.
E a sua maneira de ser e atuar - falo do toma lá dá cá - acabou comprometendo o seu passado, e nos passa a todos, indistintamente, a triste impressão de que, a ele, restará as honras destinadas a Lech Valessa - aquele sindicalista que chegou a presidente da Polonia: esquecido em seu próprio país.
É o que a história reserva aos que vivem dormindo numa áurea de superioridade e glórias opacas...sem cair na real.