Perdeu a cabeça ali mesmo, quando viu a figura da perdição. Não queria outra coisa a não ser embrenhar-se naquelas formas e naquelas curvas.
Esqueceu toda uma vida certinha, dedicada à s coisas sérias, ao trabalho, ao estudo, aos amigos.
Os conselhos ficaram jogados ao chão, inúteis.
Queria porque queria ter um encontro com a moça.
Disseram-lhe que era doidivanas, que não se fixava em ninguém, que gostava de viver afoitamente, nas emoções de aventuras diferentes. Foi tudo em vão: os irmãos alertaram, disseram que ele era inexperiente, jamais tivera um relacionamento na vida. Foi pior, quis mostrar que era vivo, sabedor das coisas. Marcou encontro. Ficaram juntos uma noite. Entrou na roda-viava das farras, gostou do sexo diário, cheio de lances exclusivos e diferentes a cada noite.
Até que ela sumiu sem avisar.
Ficou tonto, tresloucado. Deixou de frequentar o trabalho. Desgrenhou-se. Desleixou-se. Perdeu a auto estima.
Hoje, pelas ruas da cidade, costumam vê-lo embriagado, sujo e maltrapilho: o fantasma do homem seguro e confiante que foi um dia.
É a vida com os seus mistérios e derrapagens, é a vida escrevendo fados comoventes e tristes, e a caravan passa...