A música não tem pátria! Ouvia a frase há muitos anos atras, parodiando uma outra mais conhecida: a arte não tem pátria. A frase me acudiu quando ouvi no noticiário que Ray Charles deixou de cantar nos palcos desta vida e foi ao encontro do Senhor.
Tocou-se a emoção ao saber da morte do grande cantor norte-americano: I can´t stop loving you, it´s useless to say...
E a voz sofrida, rouca, meio fanhosa trasmitia a alma do pianista cego, negro da Georgia, que ele imortalizou cantando Georgia on my mind.
I can´t stop wanting you...
E o coro das meninas (sing it again children) enchendo o ar de sons dolentes.
Eu digo uma pequena prece pelo intérprete de tantas canções bonitas, para que Deus o receba e goste do recital que el, certamente, fará entre as nuvens, perto das estrelas, num cantinho da lua: yesterday, all my troubles seemed so far away, now it looks as they are here to stay...
Good bye, Ray. Para nosso consolo ficaram as suas gravações, a música que você cultivou e cantou com alma e coração.