Lendo um texto, achei interessante o seu título. Era algo que falava em pedras.
E fiquei pensando sobre elas, quando na verdade nem li seu conteúdo.
Abstive-me de ler porque, naquele momento, era mais interessante o nome dado.
Porque talvez hoje tenha sido os dias das pedras.
Têm dia para cada coisa neste mundo e não vi em lugar nenhum, qualquer menção a elas, as pedras.
Então resolvi instituir hoje, o dia Mundial das Pedras. Não as que chutamos nas ruas. Essas são passíveis de chutes porque se interpõem em nosso caminho e, muita dessas vezes, dificultam nosso caminhar.
Nem tão pouco falo daquelas usadas para edificar. Estas são aproveitáveis em sua essência e consistência. Ficarão entre as paredes e construções, dando firmeza e sustentação. Por certo machucará as mãos de muitas pessoas, mas, estas, têm o hábito e disso não ficarão sequelas.
A minha homenagem é diretamente para a pedra que atinge no mais fundo de nosso sentimento. Da pedra que magoa e que causa certo constrangimento.
Algumas vezes ouvi uma frase, mas dela não fiz muito caso, pois não sou dada a ficar filosofando sobre a existência dos porquês. Mas agora ela tomou proporções avassaladoras em meu entendimento e senti a anestesia que se sente com certas pedradas. Com duas pedras na mão, tornou-se agora uma realidade que não chega a doer, mas que fere o brio de quem leva e, provavelmente, de quem dá.
Salvaguardando principalmente quem apedreja, pois, analisando agora, só leva pedrada quem se expõe.
Por esse motivo institui que hoje é o Dia da Pedra.
Não exatamente aquela que machuca, mas sim a que, com seu toque, nos desperta para a vida.