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cronicas-->Um pouco de amor -- 30/09/2004 - 00:27 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um pouco de amor



Gostaria de transmitir hoje, neste espaço, deste jornal muito mais antigo e tradicional do que a maioria dos jornais da capital paulista, coisas mais agradáveis. Gostaria de transmitir coisas belas e não feias ou complicadas. Gostaria de enviar a todos que me lêem, vibrações amorosas com pensamentos meditativos e que produzam interesses mais sugestivos à vida de cada um, com mais amor e felicidade.

Gostaria de me reportar à poesia, meu doce e suave calcanhar de Aquiles, com a beleza de viver neste mundo panoràmico e a cores, do qual fazemos parte. Aliar meus sentimentos aos sentimentos de todos os seres viventes para irmanar-me perante o Pai, Aquele que me criou e criou a todos e a tudo.
Gostaria de aqui lembrar que não desejo escrever apenas sobre coisas ruins, como a economia brasileira e a já terminada guerra do Golfo. Gostaria de escrever apenas e tão somente sobre as "Boas Novas", sempre boas e sempre novas, deixadas pelo nosso irmão maior, o bem amado e Senhor Jesus.

Gostaria de salientar que estas "Boas Novas" resolveriam todos os problemas que afligem a humanidade, desde as mais graves doenças, às intrincadas questões sociais, políticas e económicas. E isto tudo sem altares, igrejas, cultos e gritarias. Tudo no silêncio do entendimento evangélico, na lágrima da compreensão, do sacrifício e na boa vontade que logra trazer a paz.

Gostaria de esclarecer que mesmo sendo chamados de "leigos" por uma suntuosa doutrina, a verdade é que não precisamos nos bacharelar em sacerdotes, ou pastores para conhecermos os preceitos de Jesus. Cada um deve ser pastor ou sacerdote do seu próprio coração, porque conforme disse o Mestre Divino: "há um templo de Deus em cada um de nós".

Gostaria de levar até ao pequeno empresário, desnorteado com tantos deveres, obrigações e imposições a todo o momento lhe atirado à responsabilidade, o consolo leve e suave de que a primeira microempresa conhecida pelo homem foi aquela em que três sócios fizeram cada um a sua parte, sem reclamar e sem titubear, dignificando o trabalho e respeitando as exigências severas de César: Jesus, Maria e José.

Gostaria de poder exortar aos ricos que não dêem tanta "bandeira". O país é pobre e a vaidade e o orgulho dos que tudo têm, fere os brios e a dignidade dos que nada têm. Exibir todo o ouro e prestígio, em nome da vaidade pode ser também a falta de amor opor um filho ou filha, diante de tantos sequestros com a violência até dos assassinatos.

Não se deve esquecer que existem os pobres conformados pela bondade de Jesus e os pobres inconformados, pela maldade reinante na Terra. Embora, nunca devemos nos conformar com a pobreza generalizada.

Que tenhamos todos, ricos e pobres, maus ricos e maus pobres, um pouco de amor, daquele grande amor inscrito a ferro e a fogo em nossos corações no decorrer destes dois últimos milênios: o Evangelho do Senhor. Somente estas bênçãos de luz podem elevar o homem acima de suas tendências animais.

Tenhamos um pouco de amor por Jesus, lendo e estudando em constantes meditações o Seu e nosso Evangelho. Se não for pela nossa paz, que seja pela paz dos nossos entes queridos. E se ainda não for pela paz de nossos entes queridos, que seja pela eternidade que se aproxima para cada um de nós. Isto porque se não acreditarmos numa existência melhor que esta, para lá do túmulo, então nada mais nos resta esperarmos. Será muito grande a nossa desilusão. Será um grande pecado tantas esperanças ruírem. Será mesmo o fim. A vida será apenas o momento de viver. O homem estará marcado e após a morte nem saberá se existiu. Passará pela vida como a estrela cadente, que brilhou de repente e de repente sumiu!

Tenhamos, pois, um pouco de amor e acreditemos piamente, sempre e sempre que a vida continua, brilhante, alegre, feliz e festejada para lá do túmulo!

Jeovah de Moura Nunes

(publicado no jornal "Comércio do Jahu", nº 21942, terça-feira 12 de março de 1991 - página 2)

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