Eis-nos em véspera de Ano Novo, com o sabor melancólico das horas derradeiras de 2004,porém com imensa vontade de colocar em prática os ideais de fraternidade e de união familiar.O problema é quando elas acutilam!Doi ao homem que observa a sua papoila a trabalhar tal qual escrava, doi ao que só observa, doi ao que quer ser servido com pompa e circunstància, doi ao pequenino dos mais pequenos ...e tudo muda de figura, embora como adultos que somos, saibamos fingir a máxima que vai dentro de nós"quero saír deste filme!".O acto I desta odisseia decorreu normal...havendo um ànimo superior na segunda parte, quando o ambiente aqueceu, com vinho, champanhe, cerveja ou wisky, ou simplesmente água...repetem-se os mesmos erros, já não havendo a capacidade de discernir o que está bem ou mal, nem Jesus Cristo nos livra da má língua, nem o Dalai Lama nos instiga à reflexão e prudência.
O que interessa realmente é o novo ano que se avizinha de forma galopante.O nosso imaginário é percorrido de esperança porque o que lá vai lá vai.Constato que Fernando Pessoa tinha razão quando diz"Tudo o que penso ou medito fica sempre pela metade, querendo quero o infinito, fazendo, nada é verdade".
Houve até fogo de artifício doméstico,todavia este foi ínfimo para aquecer os nossos pobres corações de são convívio.Não se realizaram os propósitos e ficaram os mesmos a tentar edificar um reino que caducou pelo derrubar da sua pedra angular no Estio de 2004...por isso,experimentou-se, o que de si é positivo.Com o desvendar da realidade concluímos que teríamos de nascer de novo para retornarmos à infància pura, onde o amor era o propósito máximo.Eu pecadora me confesso...
Elvira:)