O HOMEM ATORMENTADO
Tenho, Ã s vezes, medo de meus pensamentos;
Pois nem sempre consigo controlá-los.
Sou um homem cheio de tormentos,
De vis desejos que nem é bom citá-los.
Pareço com um ser humano, um ser normal,
Que cumpre cegamente com suas obrigações,
E comporta-se de forma previsível e racional;
Mas no fundo até nisso há contradições.
Meus pensamentos são maus pensamentos,
A dor e a dignidade alheia não as percebo;
Pois para mim são abstratas, sem fundamentos,
Como futilidades que posso ignorá-las.
Eu não hesitaria em causar algum mal
Se isso por acaso me trouxesse benefícios;
Certamente, até agiria feito um animal
Causando nos outros pesados sacrifícios.
Sou apenas refém de meus tormentos,
Escravo da mais terrível forma de prazer;
Não vivo para o futuro, só de momentos,
Buscando noutros o que não posso mais ter.
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