A idéia de retirar o inglês do exame vestibular ao Itamaraty é das mais desmioladas que já vi na minha vida. Não entendo os "cérebros pensantes" deste país - quando está tudo indo bem, vem alguém e derruba o quiosque. Por que "consertar" o que não está quebrado? If it is not broken, don t fix it. - Se você leu isto aqui e entendeu, fique sabendo que os futuros diplomatas brasileiros não poderão entender uma simples sentença como esta.
Tenho conhecimento de que nossos diplomatas são entre os melhores preparados do mundo, em termos de conhecimento de idiomas, de história universal, sem falar, claro está, nas especialidades de que cada um deles - há os economistas, os juristas internacionais, os ambientalistas, etc - Em termos gerais, sem precisar campos de especialização ou prática, os diplomatas formados pelo Itamaraty estão entre os mais capacitados do mundo.
E agora, José? - Tirando do vestibular um dos idiomas mais importantes do globo - o inglês - duvido muito que seremos olhados com respeito. Além de quê, já nem penso em respeito - penso nas limitações que nossos representantes sofrerão nas suas lides internacionais.
Ficar mais um ano nos bancos escolares, em Brasília, para aperfeiçoar o idioma escolhido - ora, que conversa mais boba, gente. Ninguém aperfeiçoa coisa nenhuma sentado numa sala de aula, em idade adulta, ao encarar um idioma pela primeira vez. -
Se quisermos ainda nos orgulhar dos nossos diplomatas no exterior e no país, vamos fazer voltar o inglês ao vestibular. É a idade certa para aprender o idioma. - Ou qualquer idioma.
Será que nosso Amorim - ou será o Serafim, o Alfenim? - não sabe disto?
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[Érica Eye]